Monstro de olhos castanhos que vagueia nos meus sonhos, apanhaste-me na tua armadilha e tentaste domar a selvagem em mim. Meu tolo...
Somos dois seres vagabundos, de mundos diferentes, que se cruzaram nas irónicas teias do destino. Amei-te e odiei-te como a mais ninguém.
Se perdoar é divino, beija-me os pés, pois sou a negra deusa do infortuneo. E tu... Tu és o negro monstro da destruição.
Afiaste as tuas garras no meu coração...
Triste destino o teu... Vais perder-te, sozinho, na casa de espelhos do teu egocentrismo e morrer de inveja de cada reflexo...
Estranho amor o nosso... Imagino-me ao teu lado, ambos governando o reino das trevas e quase sou feliz... Mas que assim seja, sejamos dois seres despreziveis, presos e condenados a viver no mundo da luz...
Aqui te presto a minha última homenagem...
Adeus...