quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Até que a Morte nos separe/Until Dead Tear us Apart

Dead Lovers

Quero entregar-me nos teus braços. Sei o que me espera… Sinto o teu cheiro doce. Os teus dedos no meu pescoço… Sufocas-me enquanto me olhas com um misto de dor e sadismo.
Grito de dor e prazer enquanto te entrego a minha vida!! Sinto a alma a libertar-se do meu corpo. Sou feliz…
Ainda sinto o teu toque quente na minha pele, agora fria.

Obrigado…


Translation: Until Dead Tear us Apart

I give myself to you. I know what’s going to happen and I don’t care. Actually, I’m almost anxious. I can already fill your scent hypnotizing me, your fingers on my throat … You suffocate me while you observe me. Oh, the pain and the madness reflected in your eyes.
I scream! Oh, the wonderful pain! I offer you my life and as you take it, I can feel my soul breaking free of the incarcerating flesh! I’m overjoyed…
I can still feel your warm touch in my cold skin.

Tank you…

Devaneios de uma mente perturbada/Thoughts from a Psycotic Mind

Insanity

Vivo num lugar que todos ignoram, mas que está sempre lá. Caminho sozinha por entre estas ruas escuras, só com o meu ódio por companhia. A chuva cai e sinto-me fraca. Quero morrer mas não tenho forças. É o meu sangue que me chega, vindo dos céus.
Mundo de merda… Como me odeio e me adoro. Doentio… Sou invisível… Adoro o sabor do meu próprio sofrimento. Tenho o espelho como inimigo e quero fugir! Mas estou presa aqui pelo ódio que me consome, me devora.
Este é o meu mundo, contempla-o, observa-o até o nojo se apoderar de ti. Liberta-te de mim… Vira-me as costas e cria o teu próprio mundo, cheio das corzinhas que tanto amas e eu tanto desprezo.

Deixa-me em paz…

Translation: Thoughts from a Psychotic Mind

I live in a place that everyone despises and so desperately try to ignore. I walk alone through those dark streets; my only company is my hate. I can feel the rain drops on my face and I’m so weak… I want to die but I don’t have the strength to do it. This rain, it’s my blood falling from the skies.
What a fucked up world… I love and hate myself in such a sick way that it scares me, sometimes… I’m invisible… How can the darkness fell so right?! The mirror is my enemy and I want to run away from here! But my hate doesn’t let me go. He holds me here while he consumes me… He will never let me go.
This is my world. Observe it! It’s disgusting, isn’t it? Just go away!!! Create your own world full of those little colors you love so much… They make me sick!
Just leave me alone…

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Coelho da Páscoa/Easter Bunny

emo bunny or is it jut Usagi-chan
Na minha vida sou confrontada com pequenas… Como dizer… Anormalidades, que por muito insignificantes que possam parecer me tiram o sono. Uma delas é essa criatura estranha a que resolveram chamar coelho da Páscoa…
Para aqueles que acreditam no alegre coelhinho que, nesse glorioso dia do ano, anda aos pulinhos pelos campos com ovos de chocolate, só tenho uma coisa a dizer: LARGUEM O XANAX!!!
Ok… Eu ainda posso aceitar a história de um homem obeso que uma noite por ano arranja maneira de meter milhões de prendas num saquinho vermelho e que, num espaço de meia dúzia de horas, dá a volta ao mundo, num trenó com renas… É fofinho… As crianças gostam… Embora eu sempre tenha achado um tanto estranho um homem gostar assim tanto de criancinhas e de lhes entrar pela casa a meia da noite… Mas ok… Eu aceito…
Agora, o coelho da Páscoa?! Desde pequena que me aflige olhar em volta e ver os meus amiguinhos todos felizes e ansiosos a procurarem os ovinhos coloridos e a lambuzarem-se todos…
Hello!!! Os coelhos não metem ovos!!! Se metem é sinal de que sofreram uma qualquer mutação genética, cujos efeitos externos ainda não foram totalmente estudados! Será que não percebem que não é suposto estarmos felizes?! Estamos a ser cobaias de um qualquer departamento governamental!! Não fiquem contentes! Reajam!!! Revoltem-se!!! Abaixo o controlo pelo poder político!!! ANARQUIA!!!!!!!!
Além Disso, como podem ficar tão satisfeito com o chocolate?! ESSA MERDA SAIU DO CU DE UM COELHO!!! Eu não sei quanto a vocês, mas para mim tudo o que sai de um recto não só não é consumível, como se deve manter a distância. Mas ok!!! Pronto! Cada um com as suas badalhoqui… Quer dizer… Opções!
Mas já agora, façam um favor a esta humilde serva: se apanharem um desses coelhos, dêem-lhe um tiro e mandem-mo para o poder empalhar… É que a cabeça dele vai ficar óptima por cima da minha lareira, entre a do abominável homem das neves e a da galinha dos ovos de ouro…

Translation: Easter Bunny

In my life, I’m confronted with little… How can I say it… abnormalities that manage to keep me awake all night… One of those is that strange creature known as the Easter bunny.
For those who believe in the cheerful little bunny who, in that glorious day of the year, can be found jumping around the flowered fields carrying a basket full of chocolate eggs, I only have one thing to say: DROP THE XANAX!!!
Ok… I may even accept that story about an obese old man who, one night a year, is capable of storing millions of presents in a small red bag and travels over the entire world in just a few hours in a flying sledge. It’s cute… Children love it… Although I do find it a bit suspicious when a man likes kids that much and breaks into their houses in the middle of the night… But ok… I can deal with it…
But, the Easter bunny?! Since I was a little girl it has disturbed me to watch my happy and anxious little friends running around looking for chocolate eggs and smearing it all over themselves…
Hello!!! Rabbits don’t lay chocolate eggs!!! If they do, it can only mean one thing: they have suffered a genetic mutation whose external effects have not been yet studied! Don’t you realize that it’s not ok for us to be happy?! We’re being used as guinea pigs for a top secret governmental department!! Don’t just stand there!!! React!!! We must rise in revolt! Down with the political power!!! ANARCHY!!!!!!!!!!!!!
Besides, how can you be so pleased with that chocolate?! IT CAME OUT OF A RABITS ASS!!!! I don’t know about you but I’m not yet prepared to eat something that came out of a rectum… But ok… Each one is entitled to his own options…
I, as your humbled servant, just want to ask you for a favor: if you find one of these rabbits, please shoot it and send it to me… His head will be perfect on my wall, right between big foot’s and the golden eggs chicken…

Borboleta Negra/Black Butterfly


Borboleta negra, que paira no meu jardim,
És linda, suave e dócil.
Por um momento és tudo para mim…
Quero tocar-te! Sentir a tua fragilidade nas minhas mãos!
O pulsar da vida nas tuas asas agitadas.
Quero tanto ser como tu, bonita e livre…

Borboleta negra, que paira no meu jardim,
Vai-te embora, não te aproximes!
Não tens o direito de ser assim!
Vou agarrar-te e esmagar-te! Acabar com o teu reinado!
Porque posso ser feia e estar presa a este mundo,
Mas tenho algo que tu nunca terás…

Borboleta negra, que paira no meu jardim,
Podes ser linda, suave e dócil…
Mas eu tenho o meu ódio! Sou má, ruim!
E controlo a tua morte com um gesto das minhas mãos…
Perdoa-me… Não tenho culpa de ser assim.
Mas eu gosto… Morre, bicho nojento!!!

Sempre odiei borboletas…


Translation: Black butterfly

You’re a black butterfly, which lives in my garden,
You’re beautiful, gentle, and tender.
For a moment, you’re everything to me…
I wish I could touch you!
And feel your vulnerability on the palm of my hands!
And the live running through your delicate wings!
I want to be like you: beautiful and free…

Black butterfly, which lives in my garden,
Go away! Don’t get near me!
You don’t have the right to be like that!
I will snatch you and I will smash you!
I will end your reign!
Because I may be ugly and I may be stuck in this world,
But I have something that you will never have…

Black butterfly, which lives in my garden,
You may be beautiful, gentle, and tender,
But I have my hate! I’m mean end evil!
And I control your dead with a movement of my hands.
Forgive me… It’s just the way I am!
And I like it…
Die! You’re nothing but a disgusting bug!

I’ve always hated butterflies…

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

oh mi gwd... love this 1
Passeio sozinha numa rua molhada. A noite esconde a minha agonia. De repente, uma luz… Um anjo… Tu…
És tão bonito na chuva… O desejo e a felicidade apoderam-se de mim. Trazes calma ao meu coração atormentado…
Quero-te! E tu entregaste a mim sem resistência… Adoro o sabor do teu sangue, mas não suporto a alegria que vejo nos teus olhos enquanto te possuo…
Morro de prazer nos teus braços…

Ainda te sinto dentro de mim…

Translation: I walk alone through a wet street. The night hides my agony. Suddenly a light… An angel… You…
You look so beautiful in the rain… Desire end happiness takes over me. You bring calm to my tormented heart…
I want you! And you give yourself to me, without resistance… I love the flavor of your blood, but I can’t stand the joy that I see in your eyes while I’m taking you…
I die in your harms…

I still can feel you inside me…

Vampiro/Vampire

vampire


Sinto-me como um vampiro, escondido nas sombras… Imaginando e desejando o sol… Amarga tentação…
Assim és tu para mim… O meu sol… Como eu te quero! Como eu te amo! Mas tu queimas-me, destróis-me, reduzindo-me a cinzas…
Eis-me aqui como um vampiro, escondido nas sombras…

Cruel destino…

Translation: I feel like a vampire, hiding in the shadows… Imagining and craving for the sun… It’s a bitter temptation…
That’s what you are to me… My sun… How I want you! How I love you! But you burn me; you destroy me, reducing me to ashes…
So, where I am, like a vampire, hiding in the shadows…

Cruel fate…

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Espelho/Mirror

BROKEN MIRROR

Abandonaste-me, partiste-me, destruíste-me sem me tocar! Não passo de um espelho sujo e feio…
Passas todos os dias por mim sem te aperceberes da minha presença… De manhã, por vezes brindas-me com um olhar de soslaio, ocasionalmente até com um sorriso. Nada mais…
Oh! Mas como é bom reflectir-te! Ter uma imagem viva e quente dentro de mim…
Mas tu segues com a tua vida, calma e normalmente. Para quê perder mais tempo comigo?! Não passo de um desinteressante espelho. Não mereço o esforço… Sou apenas um bocado de fibras frias e inúteis. Não… Não mereço o esforço…
Um dia vais fartar-te de te ver em mim e vais trocar-me por outro espelho qualquer! Mais bonito, mais jovem talvez… É a ordem natural das coisas! Para quê lutar por mim?! Preservar-me?! Sou só um espelho!

Sou um nada…


Translation: Mirror

You’ve abandoned me, you’ve broken me and you’ve destroyed me without even touching me…
I’m nothing but an ugly, filthy mirror… Every day you pass by me without even realizing I’m there! From time to time you honor me with a momentary look, occasionally, even a smile! But nothing else…
Oh! It feels so good to reflect you! To have a warm, living image inside of me!
But you move on with your live. Why would you waste one more minute on me?! I’m nothing but an uninteresting mirror. I don’t deserve the effort. I’m just a piece of cold, useless fibers! No… I don’t deserve the effort…
One day you’ll get tired of me and you will replace me for some another mirror! Prettier maybe… That is the natural order of things! Why would you fight for me?! Why would you preserve me?! I’m just a mirror!

I’m nothing…

Amor Negro/Dark Love

Dark Yuri



É estranho pensar em ti. Sentir-te perto de mim… Sinto-me como um recém-nascido rodeado de sensações estranhas, forçado a viver um espaço novo, confuso, hostil…
É isso que tu és para mim: um mundo novo para o qual fui arrastada sem me aperceber.
Arrancaste-me do ventre materno… Bem, não que eu tenha muitas saudades de tal sítio. Não me lembro de tal período, mas conhecendo a minha mãe como conheço desconfio que foi uma experiência bastante traumatizante que, felizmente, o meu cérebro ainda era novo demais para assimilar.
Mas deixemo-nos de comparações idiotas e ironias baratas! Escrevo para falar de ti!
Irritas-me e atormentas a minha mente e no entanto quero-te e tenho necessidade de ti, como uma obsessão doentia. Fazes-me mal e no entanto isso é o que mais amo em ti… Adoro o nosso jogo masoquista de ódios e feridas abertas.
Tenho necessidade de ti. Para mim és como os cortes que faço na minha pele: trazes-me uma dor envolvida num alívio tão profundo. E no entanto mostras-me a todo o tempo como sou fraca e estúpida.
Mas tu és um deles… Um dos outros que habitam nos locais iluminados e que nunca conhecerão o doce sabor da escuridão em que vivo. Tu, tal como eles, também não me vês. Apenas sentes a presença do meu reflexo socialmente aceitável.
Nunca saberás como sou suja, demente, estranha. Tão diferente de ti…
Não passas de um rapaz inocente que tropeçou em mim por acidente no caminho para a morte, que é a vida.
Somos superficiais e falsos. Melhores amigos para quem se dignar a olhar na nossa direcção. No entanto, rodeados pelas fragrâncias nocturnas, protegidos pelas quatro paredes do meu quarto, transformamo-nos em algo lindo!!
Perdemos a noção de quem é quem e tu és eu e eu sou tu, num misto de prazer, dor e frustração. Eu sou tua mas tu, tu nunca és verdadeiramente meu… És o meu carcereiro e o meu violador, que me possui sem escrúpulos. Fazes de mim o que queres sem qualquer manifestação da minha vontade. Oh! O prazer que me dás…
E no entanto acabas por te fartar e abandonas-me, deixando-me encolhida a um canto, nas sombras. Reduzes-me a nada. Sou lixo e nada mais…
Para mim és como os cortes que faço na minha pele e é por tua causa que me corto! Nunca estarei à tua altura. Nunca serei boa o suficiente para ti.
Não me queres a teu lado. Não passo de uma sombra na tua vida que te consola nos momentos de solidão… Nunca te dignarás a conhecer-me, por isso nunca conhecerás este meu lado sombrio nem saberás como verdadeiramente sou. Por isso aqui estamos… Tão perto e tão longe…

Oh! Meu amor… Como te odeio…



Translation: Dark Love

It’s strange to think about you, to feel you near me… I feel like a new-borne, surrounded by strange sensations, forced to live in a new, confuse, hostile place...
That’s what you are to me: a new world to which I was dragged in without realizing it.
You pulled me out of my mother’s womb… Well, not that I miss that place that much. I don’t remember it, but knowing my mother like I do, I suspect that it was a rather disturbing experience that, fortunately, my brain was too young to assimilate. But let’s drop these idiotic ironies. I’m writing about you!
You irritate me and torment my mind and yet I want you and I need you, like a sick obsession. You wound me and that’s what I love the most about you.
I love our little masochist game of hatred, fights, screams and opens wounds.
I need you… To me you’re like the cuts that I make in my skin: you bring me pain involved in such a deep relief. And yet you’re always letting me know how weak and stupid I am.
But you’re one of them… One of those who live in an illuminated place where you’ll never know the sweet taste of darkness that I abide in. You don’t see me just like they don’t. You can only feel my socially acceptable reflex.
You will never know how demented, filthy, strange I am. I’m so different from you… You’re nothing but an innocent boy that tripped over me in life on his path towards death.
We’re shallow and fake. Best friends for those who look our way. But surrounded by the night, protected by the four walls of my room, we transform into something beautiful.
We loose track of who is who, and you are me and I am you in mixed feelings of pleasure, pain and frustration. I am yours but you’re never truly mine… You’re my incarcerator, my rapist. You possess me without any scruples. You make of me what you want without any manifestation of my will. Oh!! The pleasure you give me…
But you end up getting tired of me and you simply abandoned me, leaving me in a corner, in the shadows, making me wish that I was dead. You reduce me to nothing. Like I’m just a piece of trash and nothing more…
To me, you’re like the cuts I make in my skin, and you’re the reason of their existence. I will never be good enough for you…
You don’t want me at your side. I’m nothing but a shadow in your life, whose purpose is simply to comfort you when you’re feeling lonely… You will never bother to know me, so you will never know this dark side of me and you will never know how I really am.
They would never accept me in your world. So here we are… So close and yet so distant from each other…

Oh!! My love… If you only knew how much I hate you…