Era uma vez uma boneca de pano... Ela vivia num mundo dourado, coberto de veludo e marfim, onde tudo era doce e todos eram felizes. Todos, menos Dolly. Esse era o seu nome. A pobre boneca de pano... A pobre Dolly...
Dolly não conseguia fazer amigos, pois os seus colegas eram de porcelana. E não ficava bem falarem com uma simples boneca de trapos. Dolly também não era bonita, o que não ajudava... Por isso vivia sozinha, num buraco, por debaixo da arvore de platina...
Muitos anos passaram e Dolly desistiu de brincar, de sorrir, de tentar se integrar. Limitava-se a ficar ali deitada, no meio da escuridão, sonhando com o dia em que as suas linhas finalmente rebentassem e ela se tornasse no que realmente era... Um nada...
Mas como em todas as histórias, tal não aconteceu. E um dia, apareceu um ursinho azul de pelo fofo e brilhante. Ele também era diferente dos outros, mas não era um renegado. Muito pelo contrário! Todos o adoravam! Como era lindo o ursinho... E como tinha de ser, ambos se tornaram amigos por meros acasos, coincidencias ou destino... O que quiserem... O ursinho apenas pôs uma condição: ninguém deveria saber o quanto gostavam de estar um com o outro. Dolly não se importava com o resto do mundo, só com ele e por isso aceitou! Inocente Dolly...
Dolly nunca esteve tão feliz! Finalmente tinha com quem falar! Com quem brincar! Eram muito diferentes, mas se adoravam! E Dolly foi feliz à sua maneira... Por quatro maravilhosos anos...
Um dia o ursinho foi passear! Procurando uma flor de lotus para Dolly e encontrou uma linda boneca de colecção! Como o seu cabelo brilhava na luz da manhã... Logo ali ficou o ursinho, esquecendo a sua flor e a sua amiga que o amava.
Dolly esperou, esperou até que os viu regressar... Juntos... Nesse dia chuveram brilhantes diamantes do céu, brilhantes como as suas lágrimas, que nunca seriam suficientes para expressar a sua dor...
Dele, só recebeu mais duas palavras: "continuaremos amigos". Mas não foi assim... Dolly o visitava, falava, no fim gritava por atenção! Mas ele já não tinha tempo para ela... Apenas penteava os cabelos da sua amada bonequinha. Sem se aperceber do que tinha feito... Da falta que lhe fazia... Estar com ele fazia-lhe mal, mas estar sem ele, matava-a por dentro... Dolly não sabia o que fazer... O que era ela, uma feia boneca de trapos, comparada com uma linda boneca de colecção?
E assim Dolly voltou a escuridão, sem saber o que fazer...
Diz-me, doce leitor... O que farias tu??? O que deve a Dolly fazer???
7 comentários:
Que comovente história! Se eu fosse a Dolly, não sei ao certo o que faria também...mas tentaria mostra a todas que até um boneca de trapos pode amar e ser feliz.
Dolly, tem que esquecer o Urso.
Ele não prestava, pois a amizade dele por ela não era verdadeira,"ninguém deveria saber o quanto gostavam de estar um com o outro".
A Dolly, tem que se abrir para o mundo, se ela se fechar e ficar na escuridão ninguém a vai ver, mais tarde ou mais cedo alguém vai aparecer, um dois três amigos, acabam sempre por aparecer.
Não interessa se são diferentes ou se são iguais, interessante é Sorrir para quem passa, pois talvez essa pessoa nos sorri de volta.
Por isso, Dolly, não te escondas, não tenhas medo nem vergonha de quem e como és.
Se te esconderes, és só tu que perdes.
Dolly, tens aqui uma amiga, se quiseres.
Jinhos
Nunca deveria ter saído da escuridão..
Abraços!
dolly deveria continuar com a sua vida, e tentar falar com o ursinho que tanto a magoou sem saber... no entanto amigos que se adoram nunca se esquecem... mas as vezes isso acontece... é cruel sim, mas acontece... dolly tem de ser forte e por maos á obra, e pensar sempre que é uma boneca de trapos, mas talvez seja a melhor boneca de trapos que ja mais alguem terá visto..bjs...
ta mt fixe o texto... é pensativo...
as melhoras Shadow!
beijinho
Boneca de trapo, todos fomos em algum momento da vida.
Dar-mos tudo de nós em troca de quase nada, em algum momento da vida, todos nós o fizemos.
Mas também, todos nós, em um momento da nossa vida vamos descobrir que somos importantes de alguma forma mas acima de tudo, que somos gente que mesmo diferente merece ser feliz, não pelo que os outros desejam de nós mas sim pelo que nós mesmos desejamos e merece-mos ser.
Um mundo ideal não existe. Pode-mos sempre inventar um em nossos sonhos, mas no mundo real uma coisa tem de ser feita para que a nossa sobrevivência física e mental subsista. A isso chamaria personalidade. Personalidade essa, onde jamais admitiremos
Ser usados.
Se eu fosse a boneca de trapos (como tantas vezes o fui e sou)
Iria preferir as lágrimas sentidas da minha alma a tocar meu rosto, ás lágrimas sofridas de quem as não merecerá nunca vê-las.
kiss
menina... fiquei encantada com essa história... conitnuo o comentário no proximo post... haha
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