quarta-feira, 1 de julho de 2009

O fim de Dolly (penúltima versão)

bloody doll Pictures, Images and Photos


Fiz este texto após desafio do Supernatural. Embora não tenha o seu talento nesta area espero não ser uma desilusão completa... Ainda este semana publicarei o derradeiro texto sobre Dolly, inspirado em várias opiniões mais optimistas sobre a minha bonequinha...


Dolly olhou para o seu vestido sujo. Sabia que ele estava a mentir, que a abandonaria de novo. Não tinha mais lágrimas para chorar. Dolly a doce e ingénua bonequinha morrera.
A sua fragilidade havia sido substituida por algo diferente... Algo negro... Algo que nunca havia sentido... Despeito! Raiva! Dolly sabia que estava louca e com essa constatação, não conseguiu evitar um sorriso.
Não aguentava mais o jogo do toca e foge. Havia sido gozada, rejeitada toda a sua vida. Agora ia dar-lhes motivos para a temerem...
Ele chegaria em breve. Ela tinha de estar no seu melhor... Apanhou os seus fios de lã vermelhos com o seu melhor lacinho e atravessou o campo de orquidias douradas em direcção ao lago.
A agua limpida borbulhava de vida, os seus patinhos de plastico nadavam em filinha.... Dolly ajoelhou-se, inalou o aroma adocicado das flores marinhas e começou a lavar os seus modestos trapinhos.
O barulho estava a perturba-la. Por ela os patinhos e os bichinhos podiam morrer todos afogados! Mas... Não eram animais... Ao longe viu uma mãe brincado com seu bébé. Cena enternecedora... Dolly sorriu e levantou-se dançando alegremente até junto deles.
"Olá! O meu nome é Dolly!"
A mãe de ar descontraido depressa parou de brincar: "afasta-te boneca esfarrapada! Nunca ninguém te ensinou a respeitar a tua classe social!"
O bébé inocentemente fez beicinho. "Para com isso! Não devemos nos dar com bonecas de qualidade inferior! Não têm o mínímo de educação!", disse a mãe enfurecida.
Dolly encolheu os ombros, de olhos vazios e virou costas... Apanhou uma pedra coberta de musgo seco e a esmagou na nuca da mãe. Como a porcelana era fragil. Quem a mandou se ajoelhar perto dela?
-Sabes? A tua mãe tem razão...
Levou o seu tempo com o pequeno, os seus gritinhos inocentes eram como notas musicais. Quando acabou o lago brilhava com pequenos pedacinhos brilhantes do que um dia tinha sido uma familia feliz. Infelizmente teria de lavar o seu vestido de novo...

Quando voltava para casa, decidiu fazer mais um pequeno desvio. Tinha mais uma amiga com quem brincar... Os pinheiros de plasticinas coloridas pareciam cantar-lhe canções de embalar. Estava onde esperava que ela estivesse. A pentear os seus cabelos loiros, perfeitos, diante do espelho.
"Ola!!!!! Sabes quem eu sou???" cantou Dolly com uma voz esganiçada!
"Não, mas estás a tapar a minha luz." Disse a bonequinha de porcelana, se voltando de novo para o espelho.
"Mil perdões vossa alteza!" Disse Dolly com uma vénia. "Mas... Não queres saber quem eu sou?"
"Deveria?", disse entre dentes a bonequinha...
"Sim! Porque estou prestes a ficar a tua melhor amiga! E vamos brincar muito juntas..."
Com o seu pezinho delicado, Dolly derrubou o espelho, que se desfez em cacos. Agarrando no maior pedaço que encontrou, agarrou a bela bonequinha pelos seus lindos cabelos. A pobre coitada debatia-se, mas a porcelana é tão fragil... E cortou, cortou, cortou, até nada mais restar para cortar.
"Não!!!! Gritou a bonequinha quando se viu nos mil reflexos espalhados pelo chão. Não pode ser... Que mal te fiz eu? Não quero ver isto...."
"Bem miguita, isso se pode arranjar, seus desejos são ordens..."

"Onde estará ela????" Perguntava o ursinho. Ter-se-ia esquecido de que ele ia ali ter com ela? "Para uma ocupação de tempos livres, já me estás a dar muito trabalho...", pensou o ursinho azul.
"Olá coração!!!!!!" Sussurrou Dolly.
O ursinho olhou para cima alarmado, encontrando-a sentada num ramo da arvore. "Dolly!!! Como foste ai parar? Já estavas ai? Porque não disseste nada?"
"Estava a observar-te, gosto de fazer isso às vezes..."
Dolly deslizou aterrendo junto a ele. O ursinho sentia que algo não estava certo. "Então Dolly, vamos brincar a quê hoje??"
"Tenho um jogo novo, mas tens de fechar os olhos..."
"Dolly, tu estás bem???", suspirou o ursinho sentindo a sua respiração no seu pescoço.
"Estou sim... Porquê? Não queres brincar?" Sussurou Dolly no seu ouvido enquanto atava os seus bracinhos peludos com o seu lacinho.
"Quero sim..."
"Confias em mim?" Gemeu Dolly enquanto deitava o ursinho em cima da relva húmida.
"Sim Dolly, mais do que em qualquer outra pessoa..." Suspirou o ursinho.
"Mas não devias..." Disse Dolly sentando-se em cima do seu amado, "Porque destruiste em mim tudo o que havia de bom e em que podias confiar".
O ursinho abriu os olhos apenas a tempo de sentir a dor que aquele objecto espetado no seu peito lhe estava a causar. tentou gritar mas "Xiiiuuuu, tem calma, não faças barulho, ninguém pode saber de nós, lembraste?" disse a boneca de trapos ao tapar-lhe a boca.
As lagrimas começaram a escorrer dos seus botõezinhos azuis escuros, mas não conseguia falar. "Sabes? Não consegui mesmo perceber o que viste nela. Ela nem sequer se lembrou de ti sabias? Não gritou por ti uma única vez".
O ursinho começou a tentar libertar-se, mas era inutil, aquela dor, ao olhar mais atentamente para o que Dolly lhe havia cravado no peito, apercebeu-se de que estava o olhar para um pedaço da mais bonita... Branca... Suave... Porcelana.
Reconheceu-a de imediato. "Não!!!! Seu monstro!!! porquê Dolly?! Desculpa! Perdoa-me!".
"Perdoar? Sim, eu acho que posso fazer isso. Não se deve guardar rancor aos mortos...", disse Dolly com ar pensativo enquanto observava o céu, estava a escurecer.
"Como é ser como tu? Ter todos os amigos que quiseres, ser bonito. Deves ver o mundo em tons de cor-de rosa."
"Dolly...", gritou o ursinho.
"Xiuuuuu... Eu também quero ver o mundo em cor-de-rosa". beijou o ursinho ao de leve no seu narizinho negro e de um puxão, arrancou os seus olhos.
O ursinho desmaiou de dor, sem tempo para gritar. "Assim não tem graça..." resmungou Dolly, agarrando no pedaço de porcelana e rasgando a barriguinha do ursinho. Cheirou o seu algodão uma última vez e foi para a sua casa. Depressa descozeu os seus botõezinhos e cozeu os do ursinho. Agora estaria sempre com ela... Ouviu alguém gritar. O tinham encontrado. Talvês ainda tivesse um tempinho antes que eles a viessem buscar. Se aninhou e adormeceu...

7 comentários:

Juliano disse...

Interessante a vingança de Dolly, Mal posso esperar o desfecho, até a proxima postagem.
Blog Man in The Box

Supernatural. disse...

Hum muito bom !!!
vc não teve exatamente a mesma ideia que eu...
foi melhor!!!

tah magnifico!!

Anjo vermelho disse...

Está muito bom !!!
hum então vc está já sucubindo as obscuridades do supernatural hehe
olha vc foi até docil perante as coisas bem tenebrosas que ele escreveria mais prefiro assim do seu jeito!!

beijos!!
ahh eu e ele somos amigos ^^

beijos

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

OH ganda maluka, escreve um livro! lol
´
beijinho

Moll Fry disse...

obrigada por me seguir... estou seguindo vc também... e louca pra ver outra portagem sua... bju

Persona Naturale disse...

Eu votei muitas vezes no "morre" e aquilo n conta, carrego no n tá mau e no girissimo e aponta logo... Mas que fraude!
lol lol lol

Bjinhos amiga

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

Estou com a Persona, eu cliquei no "não está mau" para gozar e aquilo não deu!!lol
FRAUDE à Lei! lol

beijinho